Em primeiro lugar, essa discussão deve iniciar dentro de casa, pois é no lar que passamos a maior parte do tempo assistindo televisão e, em segundo, na escola.
Na minha casa sempre discutimos sobre conteúdos da TV, principalmente por causa de meu pai, que sempre foi um crítico de tv. Fomos criados orientados sobre o que iriamos assistir e por quanto tempo. Hoje, isso é muito difícil fazer com nossos filhos. Quando eu era criança gostava de desenhos, hoje gosto de jornais e novelas e de vez em quando programas de humor.
Na escola, a conversa com os alunos e no sentido de procurar extrair o máximo de informação para contribuir para sua formação, pois o conteúdo que é abordado principalmente nos jornais é considerado como “atualidades” pelos vestibulares. Que não procurem ver somente o que lhes agradam, mas que também busquem um pouco de informação.
Penso que proibir é uma tarefa hoje quase impossível, pois há televisão em toda parte, inclusive nos celulares, portanto, resta estar preparado para orientar as crianças e adolescentes sobre aquele conteúdo não ser indicado para sua faixa etária. E esse “estar preparado” é o cerne da questão, pois parece que ninguém está.
Procuro adotar uma postura crítica diante dos programas que passam na tv, mas não deixo de assistir os programas que gosto, uma boa novela, programas de humor, desenhos animados. Eu não assisto programas policiais, pois na minha opinião se encaixam em programas sensacionalistas, pois mostram pessoas mortas ou gravemente feridas, cenas de violências forte e isso me deixa muito impressionada, pois não há cortes e nem tarjas/embassamento nas cenas, chocando quem assiste.
Com relação aos vídeos indicados penso que apesar de ser um processo difícil e longo, é extremamente necessário o debate. A escola tem um papel fundamental nesse processo, pois ensina os alunos a serem cidadãos críticos, mas para isso deve vencer o desafio de envolver todos – direção, coordenação, professores e alunos – na utilização dos vídeos e acervos da escola. O meio mais adequado para vencer esse desafio é inserir dentro do planejamento as ações que utilizarão o vídeo como ferramenta pedagógica, podendo também inserir nos projetos da escola, sejam culturais, científicos ou literários.
Como trabalho na TV Escola vivencio experiências com a tv e o vídeo, umas boas outras nem tanto, porém na maioria das vezes o professor utiliza o vídeo com algo que está relacionado com sua disciplina. Uma que se destaca é a “Oficina de Trabalho”, que utiliza os mais variados vídeos, com programas atualizados, como Globo Repórter e Profissão Repórter, abordando temas como drogas, alcoolismo, gravidez precoce, e violência urbana, um tema que está evidencia nos telejornais. Os alunos são orientados e expor suas próprias ideias, experiências, numa troca mútua de aprendizado.
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